Tento não me perder e para não me perder tracei duas linhas paralelas no chão que piso.
Iludida pela imagem das duas linhas vou caminhando a direito.
Só posso caminhar pelos caminhos que as duas me indicam, pouco importando qual o destino a que me levam.
Faço-o de olhos fechados. Outras vezes, de olhos semicerrados.
E as linhas sempre lá. Do lado direito, do lado esquerdo. Paralelas.
Uma de fronte da outra.
Namoram-se? Veêm-se? Que sei eu da vida destas duas linhas que me guiam? Tracei-as eu ou foi alguém que as traçou para mim?
E a vida vai passando.
Sem que eu a tente prever, sem que tente adivinhar para onde vou, onde pararei este meu caminho conduzido por mãos invisíveis que me vão levando, de ponto em ponto na vida.
Vera Lima
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